Sinopse: Segundo episódio da série As aventuras de Sharpe conta a história do jovem Richard Sharpe, no ano de 1803, na Índia. Já com a insígnia de sargento, Sharpe se vê no meio de um episódio de traição quando um oficial inglês amargurado une-se às forças mercenárias da Confederação Mahratta, determinado a expulsar os britânicos do continente asiático. Ocorre então a sangrenta Batalha de Assaye. Jurando caçar o vira-casaca, Sharpe mergulha de cabeça na violenta batalha, acompanhado por Sir Arthur Wellesley, na luta mais feroz de sua carreira. A série As aventuras de Sharpe volta o olhar para a ocupação britânica da Índia e o Imperialismo europeu serve de base para uma saga que se estende por mais de vinte volumes com o jovem Richard Sharpe - recruta analfabeto a serviço de Sua Majestade - como herói.
Título: O Triunfo de Shape
Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Número de Páginas: 406
Preço: R$ 35,90
O livro se inicia quatro anos após o término do anterior (O tigre de Sharpe), Richard Sharpe vive bem, como sargento, de uma forma bem tranqüila. A “emoção” começa quando acontece uma emboscada comandada por Dodd e Sharpe é o único sobrevivente que finjiu estar morto.
Dodd, traidor do exército britânico, (para mim) é de longe o melhor personagem do livro, em alguns momentos superando o próprio protagonista. Ele tem a “vivacidade” em sim, quer matar, quer conquistar, quem lutar e faz o que quer que seja para vencer. Mas não vence (ainda).
Uma coisa me intrigou muito no livro: porque Hakeswill sobreviveu aos tigres? (se você leu o livro sabe do que estou falando, se não, pense na indignação de ver alguém ser jogado aos tigres e sobreviver.) Isso me pareceu demais até para Bernard.Richard Sharpe, não é um personagem que ama a guerra, a luta, o sangue, mas que quando se vê obrigado a lutar, mas isso se faz com uma voracidade impressionante, as lutas são descritas com detalhes que faz com que se “veja” a sua rapidez. Sua maior guerra é no dia a dia, não com os inimigos da frente de uma batalha e sim com os “colegas” do próprio regimento.
A meu ver, “O Triunfo de Sharpe” não mantêm o mesmo nível de empolgação com qual a série começou. O livro traz, como todo livro de Bernard relatos históricos de detalhes incríveis e guerras encantadoras (sim, acho guerras na ficção encantadoras), tudo isso é uma mistura perfeita para gerar empolgação, mas nem sempre é o que acontece.
“— A guerra é uma coisa muito curiosa, senhor — disse Sharpe.
— E você gosta dela? — perguntou Sevajee.
— Não sei exatamente, senhor. Não vi muita guerra. — Uma breve
escaramuça em Flanders, a vitória rápida em Malavelly, o caos na queda de Seringapatam, o horror de Chasalgaon e a escalada feroz de hoje, essa era toda a experiência de Sharpe com a guerra. Sharpe juntou todas essas lembranças e tentou extrair delas algum padrão que lhe dissesse como deveria reagir quando a próxima onda de violência explodisse em sua vida. Pensava que gostava da guerra, mas estava vagamente cônscio de que talvez não gostasse.
— E o senhor? — perguntou a Sevajee.
— Eu amo a guerra, sargento — foi a resposta simples do indiano.”