terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Gabriel García Marquéz de R$ 15,00 à R$ 36,00

Gabriel García Márquez: esse cara SIMPÁTICO ai da foto!

Para falar de Gabo (para os íntimos), esse escritor colombiano, e um de meus favoritos (sim, eu tenhgo vários escritores favoritos) irei citar os dois livros, entre os quais dele que já li eu gosto mais (não, não li todos AINDA), e que por acaso são o mais barato “Memória de Minhas Putas Tristes” e o mais caro “Cem anos de Solidão” encontrados nas lojas.

Vamos aos livros:

Título: Memória de Minhas Putas Tristes
Autor: (você já sabe qual é)
Editora: Record
Número de Páginas: 132
Trecho:
“Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para oculta a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligencia; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado de alma e sim um signo do zodíaco. (...) O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.”
Minha opinião (claro, o que mais importa):
A história de um velho que decide comemorar seu aniversário de 90 anos com um “amor louco por uma adolescente virgem” (palavras dele), decidido a provar para si mesmo e para o mundo que ainda vive. Um personagem triste, endurecido pela vida, jornalista, que anda de bordel em bordel, dormindo com mulheres descartáveis, até chegar, enfim, a esta inesperada e surpreendente história de amor. Um livro envolvente que nos faz devorar com muita facilidade suas páginas. A idéia de um homem aos 90 anos, depois de uma vida libertina onde jamais havia dormido com uma mulher que não tivesse que pagar (daí o nome do livro), encontrar o amor e a partir daí se ver perdido num turbilhão de emoções de adolescente? É esse o livro!  Enfim, trata-se de uma forma delicada a vida de “putas tristes”, de “velhos tristes” e do amor ao decorrer da vida em uma linguagem leve e ao mesmo tempo grosseira.


Título: Cem anos de Solidão
Autor: adivinha?
Editora: Record
Número de Páginas: 394
Trecho:
" - Porra! - gritou.
Amaranta, que começava a colocar a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
- Onde está? - perguntou alarmada.
- O quê?
- O animal! - esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
- Aqui - disse."
Minha opinião:
Fantástico e inimaginável. (meu comentário acaba ai, o restante é por sua conta e risco) Personagens estranhos de uma família solitária. O livro se passa na cidade imaginária de Macondo, e conta a história de seus fundadores liderados pela família Buendía (que se iniciou com um casal de primos) e de diversas gerações futuras. São mostrados os encontros e desencontros ocorridos nas vidas de seus membros por diversos anos, até que o último Buendía vivo consegue decifrar as escrituras que prediziam o futuro da família. Neste meio termo, você vai encontrar de tudo (ou mais um pouco) incluindo até um comboio carregado de cadáveres, uma população inteira que perde memória e homens atrás de borboletas amarelas. Ficou perdido na historia?? Normal, em alguns momentos você se perde no livro, por ele não seguir padrões. (eu realmente não faço a mínima idéia de como “resumir” este livro)

Esses dois livros são bem diferentes entre si, ambos apresentam a escrita inigualável de Gabriel, mas são bem opostos em algumas coisas. “Memória de Minhas Putas Tristes” é o último livro lançado pelo autor (se não me engano), popular, de uma história simples, leve, leitura fácil,  “pequeno” em quantidade de páginas, “pequeno” em quantidade de personagens, o mais “barato” encontrado pelo autor; enquanto  “Cem anos de solidão” é o livro com que ele ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, denso, que apresenta uma árvore genealógica como nenhum outro, complexo, instigante e de uma sensibilidade pela solidão inigualável. Outra diferença (que pode ser vista nesta foto ruim (tirada por mim, de meus livros (ta, eu paro com tantos “parênteses”)) que você encontra ai embaixo) é quanto ao projeto gráfico da editora, pois ele muda completamente dos outros quanto aos dizeres na capa, as pinturas emolduradas em um livro de uma cor só (cada um com uma diferente), com folha branca (branca até demais, diga-se de passagem); que foi trocada por uma capa clara com um velhinho indo embora com aquelas páginas mais “amarelinhas” (ahhh, você sabe qual é né?!)

 (os livros da foto são Memória de Minhas Putas Tristes, Crônica de uma Morte anunciada, Do Amor e outros Demônios, O Amor nos Tempos do Cólera e Cem anos de Solidão)
Enfim, de R$ 15,00 a R$ 36,00 você pode começar a gostar de Gabriel García Marquéz (ou odiá-lo, fique à-vontade, só não espere que eu concorde), mas não conseguirá (não mesmo) entendê-lo e deixar de ter vontade de ler outros de seus livros. Tanto um quanto outro (apesar de suas notáveis diferenças) tem o mesmo estilo literário.


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